sábado, 30 de maio de 2009

Fragata N.R.P.Pacheco Pereira - F337


Moçambique - Lourenço Marques


Eu e a minha motorizada Yamaha, na rua do crime.
Rua Rosa Araújo - Lourenço Marques

Moçambique - Porto Amélia (PEMBA)

Vindos da praia em Porto Amélia - o trajecto para a praia era em camionetas abertas cedidas pelos fuzileiros

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mascote do N.R.P. Pacheco Pereira


Moçambique - Nampula

Os comboios que circulavam naquele tempo entre Nacala e Nampula poderiam ter que mudar de pneus por motivo de furo nas rodas. Será verdade ou é mentira? Digo que é verdade pois vi em loco as ditas rodas do comboio.

Ilha de Moçambique


quarta-feira, 27 de maio de 2009

HOJE NAVEGO EU.

Chegámos a Porto Amélia ao princípio da tarde, era-mos para atracar ao pequeno cais que se encontrava vazio de embarcações, mas não, fundeámos. Era nesta cidade do norte de Moçambique que fazíamos a nossa base, para descansar por breves momentos e para nos reabastecermos de víveres, água potável e combustível.
Tínhamos chegado de mais uma missão, esta como tantas outras, confinava-se a embarcar metade da companhia de Fuzileiros especiais, ficando a outra metade na cidade, revezavam-se nas operações ora iam uns ora iam os outros.
Já no final da tarde, rumo ao navio veio uma embarcação com fuzileiros, mas poucos, o que se estaria a passar? Era coisa de anormal, mas esperámos para ver.
Quando a embarcação encostou à fragata, saltaram logo para bordo todos os seus elementos, mais curioso foi ver dois indígenas com malas de viagem, para onde é que estes fulanos vão? A emigração normalmente era para França e não para aqueles lados, mas tudo bem, quem manda pode e nós por cá só cumprimos o que nos mandam.
Os Fusos eram só uma secção ou seja meia dúzia deles, os emigrantes nunca mais ninguém os viu durante a viagem, recolheram a um camarote improvisado nos serviços administrativos da fragata, cumpridas todas as tarefas, zarpámos para o mar em direcção ao norte.
Durante os dias de navegação por vezes confraternizava-mos com os fusos para sabermos o que se passava, também desconheciam ao que iam diziam eles, os emigrantes esses nem saíam para apanhar ar, a comida era-lhes levada aos seus aposentos e por lá ficaram até ao resto da viagem.
Normalmente o oficial de navegação pedia as cartas ao marujo para traçar as derrotas, mas nesta viagem quem tratou disso foi ele, mais intrigado ficou o dito marujo. Mas como o serviço dele se repartia pela ponte de comando, lá deitou o olho e viu, e confirmou a sua desconfiança.
Cheirava-lhe a coisa menos boa, não era normal ir-mos para aquelas paragens, até que ao final do quarto dia de viagem sem vermos terra durante esse tempo foi chamado ao comandante da força de desembarque que lhe disse: Prepara dois zebros e dois motores dos melhores que houver pois vamos para uma missão arriscada e precisamos de sorte, assim foi, lá cumpriu as suas ordens.
Assim pelas duas da manhã desse dia reunimo-nos na tolda, foi-nos explicada a situação, deixar os dois indígenas na praia, próximo da capital do vizinho e sairmos de lá o mais rapidamente possível pois a fragata não poderia permanecer muito tempo no local devido ás más relações que existiam, por sinal a marinha deles andava por outras paragens que não aquela.
Botes na água e rumo à praia, chegados ao local desembarcou-se os emigrantes e o regresso foi um pouco atribulado até à fragata, ouve quem perdeu o seu cajado, não se sabe se ficou na praia ou se caiu ao mar, mas tudo certo, o que interessava para já era pormo-nos a caminho de casa.
Regressámos a Porto Amélia para descansarmos um pouco pois o trabalho voltava a chamar-nos agora para ser feito em nossa casa e não em casa dos outros.
Esta história, não sei se foi real ou se foi um sonho que tive quando era mais novo.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Força de Desembarque da F337

continuação:

Chegada dos Fuzileiros a bordo vindos de uma missão de patrulhamento nas matas.

VISITA AO ALDEAMENTO MARERE (psico)

A 26 de Abril de 1969, parte da guarnição da Fragata Pacheco Pereira, incluindo o seu comandante Cap. Frag Vicente Almeida D'Eça, visita o aldeamento Marere situado próximo da ponta Ulu, a fim de contactar e orientar a população e melícias na organização de sua defesa.

Paralelamente a esta acção, distribuiu-se alguns géneros alimentícios e prestou-se assistência médica pelo 2º Ten Dr Diniz Correia.

Recepcção no cais de Porto Amélia aos camaradas Fuzileiros que participaram naquela missão.

Força de Desembarque da F337

Recolha dos Fuzileiros Especiais

Continuação dos preparativos dos botes de borracha Zebros utilizados em desembarques e embarques das F.D. ou Fuzileiros na costa Moçambicana.

Por vezes havia situações como se vê nas imagens, a perda do hélice de um motor.

A recolha da força de fuzileiros por vezes tornava-se cómica ao ponto de os recolher-mos pendurados nas árvores devido à subida da maré, nesta situação não foi possível chegar-mos mais próximo de terra devido à baixa maré.

Força de Desembarque da F337

Adaptação e treino da Força de Desembarque da Fragata.

Evacuação dos pescadores da ilha de Medjumbe, para que a Fragata faça fogo real a um alvo colocado na língua de areia a oeste desta ilha. Pode-se vêr o Comandante da F.D. - 2º Ten Serra ( prematuramente falecido por doença) orientando os trabalhos e posteriormente dando indicações ao navio para correcção do fogo. Mais tarde vê-se o trabalho exausto na preparação dos zebros e motores para um desembarque nocturno.

domingo, 24 de maio de 2009

Moçambique - Beira


Cais de atracação onde era habitual os navios de guerra atracarem ( no fim do mundo ).
Para se chegar à cidade da Beira tinhamos de percorrer um bom bocado a pé, como felizardo que era, a minha motorizada deu muitas boleias à rapaziada.

Moçambique - Porto Amélia (PEMBA)


Dois Sargentos, um Cabo Telegrafista e um Marinheiro Sinaleiro em confraternização com três bazucas.

Lourenço Marques - Clube de Vela


Quando havia regatas em Lourenço Marques era hábito solicitarem à Marinha ajuda no apoio ás embarcações durante a prova, no final recebiamos um galhardete da nossa presença e uma jantarada de agradecimento.
Normalmente saía-me sempre a mim, até gostava e dáva-me um jeitão, pois como tinha uma motorizada toda a gasolina poupada revertia a favôr do motociclo, que em toda a comissão só comprei um litrito por estar enrascado.

Moçambique - Beira


Dois marinheiros sinaleiros de folga:
Piriquito e Zé Lisboa

sábado, 23 de maio de 2009

Força de Desembarque da F337

Frente da formatura pode vêr-se o Imediato da Força de Desembarque 2º Ten Maq Naval Eng Costa Freire

Oceano Índico - Costa de Moçambique


Para fugir aos mares da nossa costa, requeri a prestar serviço, num navio que fosse em comissão para Moçambique ,pensando eu que o Índico fosse mais calmo.

N.R,P. Pacheco Pereira


Por onde andará este pessoal?
Já lá vão QUARENTA ANOS da nossa história.

Moçambique - Beira


Jogo de Futebol


O nosso comandante Cap Frag Almeida D'Eça com o nosso capitão de equipe

Equipe de Futebol - Pacheco Pereira


HMS BIGBURY BAY - (K606)


BASE NAVAL DE LISBOA - ALFEITE


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Passagem do Equador


Julgamento do Guarda Marinha Sr José Abecasis, chefe do serviço de navegação

Passagem do Equador


Julgamento do 2º Ten Sr Rego de Almeida, chefe do serviço de abastecimentos (tempo parcialmente)

Passagem do Equador


Julgamento do 2º Ten Sr Santana de Mendonça, chefe de artilharia

Passagem do Equador


Julgamento do médico 2º Ten Sr Dr Diniz Correia

Passagem do Equador


Julgamento do 2º Ten Sr Botelho Leal chefe do serviço de comunicações. Após a chegada a Moçambique foi destacado para Metangula - Lago Niassa

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Passagem do Equador


Julgamento do 2º Ten Maquinista Naval Sr Costa Freire

Passagem do Equador


Julgamento do 1º Ten Maquinista Naval Sr Castro Pacheco

Passagem do Equador


Julgamento do Imediato Cap Ten Sr Castro Guise.

Passagem do Equador


Julgamento do Comandante Cap Frag Sr Almeida D'Eça por ter passado naqueles mares como comandante.

Passagem do Equador - Tomada do comando da F337


Todos os que andam no mar sabem o que é a passagem do Equador.
Alguns desconhecem é a festa que se realiza nesse ponto:
Desde escolher o fulano mais tanso ou que se julga ser, para o pôr a expreitar por uns binóculos modificados introduzindo uma linha nas lentes, para que o moço consiga vêr então a linha do Equador.

Festa de Natal 1968 - Beira


Quem não se lembra do marinheiro manobra barbudo.
Na foto estão:
2º ten médico Diniz Correia, dois mar sinaleiros, dois mar manobra, um mar telegrafista e um mar clarim

Festa de Natal 1967 - Lourenço Marques


Lourenço Marques


Por onde andará este marinheiro telegrafista?

Força de Desembarque da F337


Julgo que esta Psico foi feita frente à ilha do Ibo, participou nela vários elementos da guarnição chefiados pelo nosso comandante Cap Frag Vicente Almeida D'Eça.

Força de Desembarque da F337


Operação de destruição das gamboas:
Os pescadores utilizavam estes artefactos para apanharem o peixe aquando da maré baixa.
Era suposto que havia cumplicidade entre os pescadores e os ditos turras, por isso em certas zonas da costa procedia-se à sua captura para serem destruídas.
Começou-se a usar este tipo de embarcação devido aos zebros serem muito lentos, efeito de cavitação por deficiência na quilha.
Mais tarde voltou-se aos zebros por serem mais seguros em navegação.

Força de Desembarque da F337


Força de Desembarque da F337


Alguém se lembra do nome deste cachorro?


N.R.P. PACHECO PEREIRA - F337


N.R.P. PACHECO PEREIRA - 1959 - 1970

Para quem estiver interessado em saber alguns pormenores da sua passagem por navios da Marinha de Guerra Portuguesa, pode comprar na Biblioteca da Marinha, junto ao Mosteiro dos Jerónimos a publicação SETENTA E CINCO ANOS NO MAR (1910 - 1985) da autoria do C.M.G. José Agostinho de Sousa Mendes

HMS BIGBURY BAY (N.R.P. PACHECO PEREIRA)


HMS BIGBURY BAY (N.R.P. PACHECO PEREIRA)